simples pessoa

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sábado, 28 de agosto de 2010

Monstro metafórico

Meu ódio
sente a força
para criar um monstro
ao qual chama amor

chama-lhe amor
porque não lhe chama dor
acho que lhe chama amor
porque não gosta da palavra cor

não percebo
meu ódio que me faz chorar
está hoje pronto para se apaixonar
diz que o mostro que criou
o está a fazer amar

não tenho fé em monstros
logo neste
que nem é capaz de olhar
atira-se a uma pessoa
não escolhendo hora nem lugar

Tenho pena de meu ódio
julgava-o mais forte que eu
julgava-o incapaz
de o monstro criar

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Olhos cegos , amor ardente

Ela queima
como um raio de luz
bloqueia-lhe o olhar
queima-o devagar

os seus olhos
esses já nem querem olhar
dizem um para o outro
que ela , os faz cegar

Amor

Amor
Sou tão pequeno
não tenho nem tamanho
para tamanho amor


Amor
sinto-o a crescer
está tão grande
já faz tudo a seu prazer


Fala-me de ti ás escondidas
faz-me querer ouvir as tuas mentiras
fez-me jurar que não o ouvias
fez-me jurar que não sabias
fez-me jurar que não morrias


se pudesse eu ao menos fingir
fingir, que não existias
não , a este amor não resistias

vai-te matar , vai-te amar