Tornas-te tão escura
Brilhas como o negro corvo
Sorris como o palhaço das trévas
Das tuas lágrimas fazes guerras
Vais mentindo ao senhor dos céus
Não respeitas o alto sobrano
Espalhas a morte pelo seu reino
Óh escuridão
Dá-me, dá-me essa dor
Grita que nem uma louca
Obriga-me a sentir o teu sabor
Porque não ?
Porque não me deixas
Magoar-te , com louca paixão
Tens medo que seja mais forte que a tua escuridão ?
simples pessoa
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
Monstro metafórico
Meu ódio
sente a força
para criar um monstro
ao qual chama amor
chama-lhe amor
porque não lhe chama dor
acho que lhe chama amor
porque não gosta da palavra cor
não percebo
meu ódio que me faz chorar
está hoje pronto para se apaixonar
diz que o mostro que criou
o está a fazer amar
não tenho fé em monstros
logo neste
que nem é capaz de olhar
atira-se a uma pessoa
não escolhendo hora nem lugar
Tenho pena de meu ódio
julgava-o mais forte que eu
julgava-o incapaz
de o monstro criar
sente a força
para criar um monstro
ao qual chama amor
chama-lhe amor
porque não lhe chama dor
acho que lhe chama amor
porque não gosta da palavra cor
não percebo
meu ódio que me faz chorar
está hoje pronto para se apaixonar
diz que o mostro que criou
o está a fazer amar
não tenho fé em monstros
logo neste
que nem é capaz de olhar
atira-se a uma pessoa
não escolhendo hora nem lugar
Tenho pena de meu ódio
julgava-o mais forte que eu
julgava-o incapaz
de o monstro criar
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Olhos cegos , amor ardente
Ela queima
como um raio de luz
bloqueia-lhe o olhar
queima-o devagar
os seus olhos
esses já nem querem olhar
dizem um para o outro
que ela , os faz cegar
como um raio de luz
bloqueia-lhe o olhar
queima-o devagar
os seus olhos
esses já nem querem olhar
dizem um para o outro
que ela , os faz cegar
Amor
Amor
Sou tão pequeno
não tenho nem tamanho
para tamanho amor
Amor
sinto-o a crescer
está tão grande
já faz tudo a seu prazer
Fala-me de ti ás escondidas
faz-me querer ouvir as tuas mentiras
fez-me jurar que não o ouvias
fez-me jurar que não sabias
fez-me jurar que não morrias
se pudesse eu ao menos fingir
fingir, que não existias
não , a este amor não resistias
vai-te matar , vai-te amar
Sou tão pequeno
não tenho nem tamanho
para tamanho amor
Amor
sinto-o a crescer
está tão grande
já faz tudo a seu prazer
Fala-me de ti ás escondidas
faz-me querer ouvir as tuas mentiras
fez-me jurar que não o ouvias
fez-me jurar que não sabias
fez-me jurar que não morrias
se pudesse eu ao menos fingir
fingir, que não existias
não , a este amor não resistias
vai-te matar , vai-te amar
sexta-feira, 16 de julho de 2010
VISÃO
Eu vi que já não dava mais
eu vi que já não querias ter
eu vi que podia ser
eu vi que podias ver
magoas-te a minha visão
fizeste-a sofrer
agora como vou eu ver
a vida que quero ter
Porque ? se ela era minha
Porque ? se ela era rainha
então se até a rainha morre
não sei se quero ver como a vida me corre
eu vi que já não querias ter
eu vi que podia ser
eu vi que podias ver
magoas-te a minha visão
fizeste-a sofrer
agora como vou eu ver
a vida que quero ter
Porque ? se ela era minha
Porque ? se ela era rainha
então se até a rainha morre
não sei se quero ver como a vida me corre
sábado, 26 de junho de 2010
Afectos
quem não deseja ?
carinho nunca enublado
vindo de ti
nunca perdido , nunca achado
de todas as dores que evitamos
esta é a dor que mais procuramos
a dor que afecto tráz
a dor que nele lhe damos
Faz-me ficar perdido
de onde nunca saio
na realidade vou voando
como um pinguim
num mar abandonado
de afecto afundado
onde encontro amor,
carinho, paixão, desejo
alapados num coração
que impede os olhos
de chegar à razão
carinho nunca enublado
vindo de ti
nunca perdido , nunca achado
de todas as dores que evitamos
esta é a dor que mais procuramos
a dor que afecto tráz
a dor que nele lhe damos
Faz-me ficar perdido
de onde nunca saio
na realidade vou voando
como um pinguim
num mar abandonado
de afecto afundado
onde encontro amor,
carinho, paixão, desejo
alapados num coração
que impede os olhos
de chegar à razão
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Ser Homem
Na sua força bruta
vive amor em bruto
força da bofetada
nesses que são como corrupto
faz de si uma paixão
vê, sem olhar
pois não, sem razão
diz que sente, diz que são
não passa de um incrédulo
um orgulhoso, confidente
ser de amor ardente
na sua mais louca cara sem vão.
vive amor em bruto
força da bofetada
nesses que são como corrupto
faz de si uma paixão
vê, sem olhar
pois não, sem razão
diz que sente, diz que são
não passa de um incrédulo
um orgulhoso, confidente
ser de amor ardente
na sua mais louca cara sem vão.
Hoje vi
hoje vi-te
julguei não te ver
julguei até não te conhecer
quis-te logo tocar
desejei beijar
esse teu ser
pelo qual me faço amar
e agora como vou eu dormir?
se nem os olhos consigo fechar
com medo de não voltar acordar,
pois por ti morreria a sonhar
ontem vi-te
julguei que ainda respiravas
julguei que ainda me amavas
julguei não te ver
julguei até não te conhecer
quis-te logo tocar
desejei beijar
esse teu ser
pelo qual me faço amar
e agora como vou eu dormir?
se nem os olhos consigo fechar
com medo de não voltar acordar,
pois por ti morreria a sonhar
ontem vi-te
julguei que ainda respiravas
julguei que ainda me amavas
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Um ponto laranja
Escuro
no escuro te vi
vi um ponto laranja
julguei logo que te conheci
vi e não vi
ouvi logo sem te ver
matei o que não vivi
sim, quis-te logo conhecer
o escuro foi fugindo
de ti , de mim
fugiu sem te ver
fugiu e ficou a perder
pois eu não fugi
e mais em ti vou poder ver
o escuro voltou
voltou de curiosidade
voltou com vontade
de poder ver em ti
tudo aquilo que eu vi
mas não viu
não sentiu
o escuro morreu
o escuro partiu
no escuro te vi
vi um ponto laranja
julguei logo que te conheci
vi e não vi
ouvi logo sem te ver
matei o que não vivi
sim, quis-te logo conhecer
o escuro foi fugindo
de ti , de mim
fugiu sem te ver
fugiu e ficou a perder
pois eu não fugi
e mais em ti vou poder ver
o escuro voltou
voltou de curiosidade
voltou com vontade
de poder ver em ti
tudo aquilo que eu vi
mas não viu
não sentiu
o escuro morreu
o escuro partiu
terça-feira, 25 de maio de 2010
Morte
Carcaças flamejantes
de odor inflamável
flamejam na palma da minha mão
gritam por uma razão
gritam mas em vão
gritaram de sufoco
gritaram de medo
da mulher que matou o espaço oco
matou-o com um toque de dedo
matou-o
já não gritam tais carcaças
nem vão gritar
não querem
dizem que seus pais
morreram a gritar
morreram que nem animais
façam-na gritar
façam-na desejar
que a morte que deu
seja a morte dela e não a de um judeu
de odor inflamável
flamejam na palma da minha mão
gritam por uma razão
gritam mas em vão
gritaram de sufoco
gritaram de medo
da mulher que matou o espaço oco
matou-o com um toque de dedo
matou-o
já não gritam tais carcaças
nem vão gritar
não querem
dizem que seus pais
morreram a gritar
morreram que nem animais
façam-na gritar
façam-na desejar
que a morte que deu
seja a morte dela e não a de um judeu
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Em ti
Em ti a chama acende
O beijo persiste
A morte rende
Em ti a cara cora
Os olhos brilham
A morte chora
Em ti o morto é vivo
O espelho é baço
A morte um livro
Em ti nada espero
Desespero
A morte quero .
O beijo persiste
A morte rende
Em ti a cara cora
Os olhos brilham
A morte chora
Em ti o morto é vivo
O espelho é baço
A morte um livro
Em ti nada espero
Desespero
A morte quero .
será que se vive trancado ?
Trancado numa caixa
sem ver, sentir, cheirar
trancado sem te olhar
trancado sem sonhar
Alegre como um pássaro na gaiola
toco na viola
nas suas cordas
de fazer lembrar
os teus cabelos ao luar
Mas as notas não se fazem ouvir
estão tristes por não poderem sair
Oh maldita caixa que me mantens cativo
deixa-as ao menos ir
Pobres coitadas não têm asas para voar
como vão elas chegar?
não me preocupo
sei que as vais achar
e eu preso vou ficar
neste recanto oculto
sem uma nota para encontrar
sem ver, sentir, cheirar
trancado sem te olhar
trancado sem sonhar
Alegre como um pássaro na gaiola
toco na viola
nas suas cordas
de fazer lembrar
os teus cabelos ao luar
Mas as notas não se fazem ouvir
estão tristes por não poderem sair
Oh maldita caixa que me mantens cativo
deixa-as ao menos ir
Pobres coitadas não têm asas para voar
como vão elas chegar?
não me preocupo
sei que as vais achar
e eu preso vou ficar
neste recanto oculto
sem uma nota para encontrar
Pedias-me
Pedias-me breves encontros
Levavas-me longos sorrisos
Beijavas-me sem avisos
Sabias que ia correr tudo bem
Os meus olhos bloqueavam
Os teus passos queriam abrandar
E mais beijos me fazias dar
Mesmo que por breves momentos
Eu quisesse acreditar
Que um dia me ias amar
Os pensamentos não o queriam deixar
E agora queres enterrar
Queres sufocar os meus gritos
Queres esquecer os sorrisos
Mas eu vou lá estar
A resistir e a lutar
E assim que puder
Vou ser eu que o vou enterrar .
Levavas-me longos sorrisos
Beijavas-me sem avisos
Sabias que ia correr tudo bem
Os meus olhos bloqueavam
Os teus passos queriam abrandar
E mais beijos me fazias dar
Mesmo que por breves momentos
Eu quisesse acreditar
Que um dia me ias amar
Os pensamentos não o queriam deixar
E agora queres enterrar
Queres sufocar os meus gritos
Queres esquecer os sorrisos
Mas eu vou lá estar
A resistir e a lutar
E assim que puder
Vou ser eu que o vou enterrar .
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